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sábado, 17 de julho de 2010

Astronaútica - Lixo Espacial 1ª Parte

STS-116 Shuttle Mission Imagery S116-E-05765 (...
Jornada nas Estrelas - StartrekBrazil. O Espaço, a Fronteira Final...
Post:  A órbita do planeta Terra está congestionada de lixo espacial, más o que realmente é este lixo?. São detritos espaciais, também denominados genericamente lixo espacial, são objetos criados pelos humanos e que se encontram em órbita ao redor da Terra, mas que não desempenham mais nenhuma função útil, como por exemplo as diversas partes e dejetos de naves espaciais deixados para trás quando do seu lançamento. Tanto podem ser peças pequenas, como ferramentas e luvas — a exemplo de uma perdida por Neil Armstrong na missão Gemini VIII em 1966 ou estágios de foguetes e satélites desativados que congestionam o espaço em volta da Terra — como exemplo, os antigos satélites soviéticos RORSAT — e que causam risco de acidentes graves, tanto em órbita (pelo risco de possíveis colisões), quanto numa possível reentrada de tais detritos na atmosfera terrestre.
Os detritos espaciais tornaram-se uma crescente preocupação nos últimos anos pelo fato de que colisões na velocidade orbital podem ser altamente danosas ao funcionamento de satélites, pondo também em risco astronautas em atividades extraveiculares; além disso, essas colisões provocam as condições para que ocorra a chamada síndrome de Kessler.
Um pouco de história


Buraco causado por detritos orbitais na janela da STS-7.


Abaixo, Módulo PAM-D de um foguete classe Delta II, encontrado na Arábia Saudita.
Em 1958, os Estados Unidos lançaram o seu segundo satélite, de nome Vanguard I, que operou durante 6 anos. Após sua desativação, este tornaria-se uma das mais antigas peças de lixo espacial. Em recente sondagem foi confirmado que a relíquia permanece em órbita, sendo portanto o detrito espacial mais antigo em órbita atualmente.
De acordo com o livro Envisioning Information, do professor Edward Tufte, a lista de lixos espaciais inclui uma luva do astronauta Ed White, perdida na primeira caminhada espacial norte-americana; uma câmera que Michael Collins perdeu próximo à Gemini X e outra perdida por Sunita Williams durante a STS-116, também durante uma atividade extraveicular; sacolas de lixo; uma chave de boca e uma escova de dente. A maioria desses objetos volta para a Terra, atraídos pela gravidade, em poucas semanas. Devido às órbitas onde foram soltos e dado o seu tamanho diminuto, são facilmente deteriorados durante a reentrada na atmosfera do planeta. Fatos como esses não são de grande importância na problemática do lixo espacial. Por outro lado, eventuais colisões entre os objetos (que podem gerar mais peças) constituem o principal problema referente a estes detritos.
O primeiro ônibus espacial a realizar oficialmente uma manobra evasiva de uma colisão foi o Discovery, durante a STS-48, em Setembro de 1991, em que procedeu-se no acionamento de um subsistema de segurança da espaçonave para evitar a colisão com detritos de um satélite russo, Kosmos. Só a explosão causada pelo Kosmos 1813, em 1987 gerou cerca de 850 resíduos com mais de 10 cm de comprimento.
Até 1998, mais de 60 janelas de ônibus espaciais haviam voltado à Terra com danos provenientes do espaço. Uma lasca de tinta do tamanho de um grão de sal, orbitando a uma velocidade de 14.400 km/h, pode abrir uma significante cratera de 2,5 cm de diâmetro, com a possibilidade de a janela estilhaçar-se durante a reentrada.
Em Outubro de 1999, a Estação Espacial Internacional também realizou uma manobra evasiva. Os detritos consistiam em restos do foguete Pegasus, que segundo cálculos passariam a uma distância de 1,4 km da estação. A manobra foi realizada com o acionamento do foguete do Módulo de Controle Zarya, durante 5 segundos. Isso elevou a estação em cerca de 1,6 km e os detritos passaram a cerca de 25 km da estação. Em outubro de 2008, após mais uma manobra para evitar colisão com um detrito residual de um satélite Cosmos, a ISS já somava um total de oito manobras evasivas, sendo que as sete primeiras ocorreram nos anos inciais do programa: de Outubro de 1999 a Maio de 2003. O relatório da NASA atribui esse hiato à melhora de exatidão na vigilância espacial e rastreamento de detritos.
Durante os 10 anos de funcionamento da estação espacial MIR, foram liberadas, em sua maioria, sacolas de lixo.

Fonte: wiki

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